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Tecnologia X Educação: Proposta Quer Banir Uso de Celulares nas Escolas Brasileiras

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados está prestes a analisar uma proposta que pode mudar a rotina das escolas brasileiras. O projeto de lei, em tramitação desde 2015, propõe proibir o uso de celulares e outros dispositivos eletrônicos em todas as etapas da educação básica, abrangendo desde a educação infantil até o ensino médio. A medida não se restringe às salas de aula: o uso dos aparelhos seria vetado até mesmo durante o recreio e intervalos entre as aulas.

Objetivo da Medida: Foco no Desenvolvimento Infantil


O deputado Diego Garcia (Republicanos-PR), relator do projeto, argumenta que a proposta tem como principal objetivo proteger o desenvolvimento das crianças e adolescentes, evitando potenciais danos causados pelo uso excessivo de dispositivos eletrônicos. A proposta permite exceções apenas para fins pedagógicos, com autorização do professor, ou em casos relacionados à acessibilidade e à saúde, como o uso de dispositivos por alunos com deficiência ou para medição de glicemia em diabéticos.


A ideia central da proibição, segundo o relator, é combater os problemas de socialização que surgem com o uso indiscriminado de celulares, promovendo uma maior interação entre os alunos e incentivando atividades físicas e intelectuais que não dependem de telas.


Impactos na Saúde Mental e Inclusão de Medidas de Apoio


Um ponto relevante do projeto é a atenção dada à saúde mental nas escolas. Além de limitar o uso de dispositivos eletrônicos, a proposta prevê que tanto as redes de ensino públicas quanto as privadas adotem medidas voltadas ao bem-estar psicológico dos alunos. Isso inclui a criação de espaços de acolhimento e escuta para lidar com sinais de sofrimento mental, muitas vezes associados ao uso excessivo de tecnologia. Também serão oferecidos treinamentos a educadores para identificar sinais de estresse emocional e psicológico entre os alunos.


O relator enfatiza a importância de envolver as famílias nesse debate, alertando sobre os impactos negativos que o uso indiscriminado de celulares pode ter, especialmente entre os mais jovens. A comunicação entre escolas e pais deve ser reforçada, com orientações sobre como monitorar e limitar o uso de dispositivos fora do ambiente escolar.


Exceções e Inclusão Digital


Embora o projeto busque restringir o uso de celulares, ele prevê exceções importantes. Alunos com deficiência, por exemplo, poderão utilizar os dispositivos como ferramentas de inclusão, aproveitando recursos tecnológicos que auxiliam no aprendizado e na comunicação. Além disso, a medida respeita as necessidades de alunos que dependem dos aparelhos para controle de condições de saúde, como monitoramento de glicose.


Referências de Estados Brasileiros e o Cenário Internacional


O debate sobre o uso de celulares nas escolas não é exclusivo ao Brasil. Vários países ao redor do mundo, como França e China, já adotaram políticas rigorosas em relação ao uso de dispositivos eletrônicos no ambiente escolar. No Brasil, estados como o Rio de Janeiro possuem legislações semelhantes, sendo usadas como referência para essa nova proposta em nível nacional.


À medida que o projeto se aproxima da votação, cresce a discussão sobre o impacto da tecnologia na educação e a necessidade de equilibrar o uso de dispositivos eletrônicos com o desenvolvimento social e emocional dos estudantes. Enquanto alguns acreditam que a proibição pode ajudar a melhorar a concentração e a interação em sala de aula, outros argumentam que a tecnologia, quando bem utilizada, pode ser uma aliada no processo educativo.


O futuro do projeto agora depende da aprovação da Comissão de Educação, e o debate sobre o uso de celulares nas escolas promete continuar aceso.

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